sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Astronauta de metal

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Esse peito é feito de metal e as estrelas voam como papel.
Não vou me enganar, não quero mais sofrer.
Por isso sou uma nova pessoa a cada amanhecer.

Busco o incrível porque no real não acredito.
Sou estranho, não curto o erudito.
Minha alma brilha como o aço, meu coração é uma caixa a pulsar.
Meu corpo é sangue, metal e luar.



Náufrago

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Meu barco afundou. Transbordei lágrimas e me afoguei em desilusões achando que qualquer encosto era tábua de salvação. Não era. E então resolvi me atirar ao mar novamente e nadei de volta para mim. Encontrei uma ilha deserta e me senti bem. Sacudi minha árvore e deixei os frutos podres caírem. Se restar pelo menos um já ficarei feliz. Se não restar pelo menos ainda terei a mim. Na minha ilha fica quem quer e vai quem sabe nadar, mas não esqueça: se estiver se afogando não venha me pedir ajuda, não tenho pena de ninguém. Você não me conhece!



Caminhos tortos

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Hoje eu acordei bem cedo e fui ver o mar,
sei que tudo tem um tempo pra passar.
Pelo menos é nisso em que
durmo acreditando.

Hoje estou tão cansado de tanto asfalto,
quero tirar as meias e aposentar os sapatos.
Quero correr até que o horizonte
encontre o mar.

Sei que todo o caos há de passar,
só rezo para ter alguém em quem me apoiar.
Leva o pranto e trás contigo
o meu sorriso.

Esse grito cego, pavor abafado,
mesmo isso não faz com que eu perca meu atalho.
Construí meu caminho e nele
vou até o fim.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Onde você estava há 10 anos atrás?

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Texto escrito no dia 11/09/2011.




Há 10 anos atrás eu tinha 13 anos. Estava em casa assistindo Dragon Ball, daí começou um "filme" estranho. Parecia um filme desses de guerra, mas eu nunca tinha visto um tão esquisito. A câmera tremia, tinha muitos aviões e as pessoas choravam. Mudei de canal, não queria ver coisas tristes, mas pro meu azar esse "filme" estava passando em todos os canais. "Minha TV tá com defeito?", pensei. Desliguei o aparelho e, contrariada, fui estudar. Só alguns anos depois fui entender o que estava acontecendo. Não era a TV que estava com defeito, eram as pessoas.



Contratempos

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Ela vai esperar uma centena de anos até ter certeza do que está sentindo.
Ela vai pedir todas as provas antes de ter certeza que é sincero.
Ela vai dizer milhares de "nãos" quando, na verdade, morre de vontade de se jogar no "sim".
Ela vai fazer milhares de promessas antes de fazer um juramento.

E todas as dezenas de cartas serão rasgadas antes que tenham um destinatário.
E uma alcateia irá protegê-la do mundo antes que possa acreditar em si.
E mesmo por trás de cada sorriso, ela esconde uma lágrima.
E antes que fosse verdade, era só vontade.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 pelo Youtube

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Olá, pessoal! Peguem a pipoca e acomodem-se no sofá para a apresentação dos vídeos mais assistidos do Youtube em 2011 (além do Top 10 com os virais de maior repercussão). E para apresentar tudo isso a garota-fenômeno do ano: Rebecca Black.

Vamos lá! It’s Friday, Friday. Gotta get down on Friday! ♫♪♫ (tá, tudo bem, eu sei que hoje é quinta rs)


Rolling in the Deep versão brazuca

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A banda Aviões do Forró, famosa pelo hit “Deita na BR“, que deu origem a um dos principais memes de 2011, resolveu pegar carona no sucesso da cantora inglesa, Adele, e fez uma versão brasileira de “Rolling in the Deep”. A música chamada “O Seu Tempo Passou”  caiu na rede em novembro e está fazendo sucesso. E aí, gostou ou ainda prefere a original?

O seu tempo passoooooooooooooooooooooooooou-ooou-ooou!
Não venha atrás de miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim-iiiiiim-iiim! ♫♪♫


Quando a ideia morre na praia

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Mês passado eu li em algum lugar (que eu não vou lembrar nunca onde foi) que a Coca-Cola estava com uma campanha de fim de ano sobre os ursos polares. Ora, desde que o mundo é mundo e se amarrava cachorro com lingüiça (na época, com trema), a Coca-Cola usa os ursos polares como símbolo da sua campanha de fim de ano, mas nesse verão eles resolveram fazer algo diferente (sic). A marca mudou a cor das suas tradicionais latinhas, de vermelho para branco, em uma edição limitada em prol  da preservação de um dos seus maiores símbolos. E foi aí que a confusão começou.



Conceito lindo, campanha perfeita, as latinhas foram pras ruas e pouquíssimo tempo depois foram recolhidas. O motivo: a baixa aceitação do público. As pessoas simplesmente começaram e rejeitar a lata porque ela era muito parecida com a lata de Diet Coke.


Uns acharam que o gosto do refrigerante estava diferente e os mais extremistas acharam que era um sacrilégio, já que a Coca tradicional nunca havia sido comercializada fora da sua cor original. Desassociar a Coca-Cola do vermelho é quase como destruir anos de branding. Será? Não sou fã do refrigerante, mas admiro a marca, como qualquer publicitário. O problema da mudança é que seu público nem sempre está pronto para ela. Essa é a prova de que até a maior marca global pode dar um tiro no pé (ou  será que as pessoas estão “quadradas” demais?). RIP latinha branca.



Veja também o vídeo que explica o conceito da campanha.



Já ouviu falar no Socialblood?

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Já pensou em encontrar doadores de sangue pelo Facebook? Essa é a proposta do Socialblood. Lançado por Karthik Naralasetty, de 22 anos, a ideia é juntar pessoas do mesmo tipo sanguíneo para facilitar a busca por doadores. Simples, não? Simples e eficaz. A ideia ainda não é conhecida por aqui mas já está surtindo efeito na Índia, por exemplo. Para quem quiser ajudar de verdade, ainda mais nessa época de fim de ano, vale dar uma passadinha no banco de sangue da sua cidade. Lembrando que homens podem fazer até 4 doações por ano e mulheres até 3. Como diria Eek! The Cat: “Ajudar não dói”. =) (#anos90feelings).

Cerveja Duff no Brasil

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A disputa entre a cerveja queridinha dos brazucas ganhou mais uma concorrente de peso, mais precisamente o peso da barriga de Homer Simpson. A Duff, que já é sucesso de vendas em países como Espanha, França e Itália, chega por essas terras para disputar o coração (e o fígado) dos amantes da bebida. 

Parecia uma coisa meio óbvia, até eu mesma, sempre que via o desenho me perguntava “por que raios ninguém ainda tá fabricando essa cerveja?”. A resposta era ainda mais simples: direitos autorais. Afinal a Fox – o canal que detém os direitos de imagem dos Simpsons – nunca iria liberar a comercialização. Hum, será mesmo? Bem, como tudo na lei é manipulável, parece que foi mesmo encontrado uma brecha e um mexicano, Rodrigo Contreras, registrou a marca.


Analisando “marketinglogicamente” (adoro neologismos rs), é fácil explicar o sucesso da Duff. Mesmo sem nenhuma propaganda, o público já conhece a marca há 23 anos (tempo que Os Simpsons estão no ar). E que a família amarela da Fox é um símbolo forte, ninguém pode negar. Entretanto, essa mesma força “marketinglógica” (rs²) foi o que fez a Fox não permitir a comercialização, já que isso poderia induzir crianças ao consumo de álcool. Particularmente acho tudo lindo na teoria, mas se a Fox não quisesse incitar o consumo da bebida, ela simplesmente não existiria no desenho. Whatever, vida que segue.

Num mercado em que a Heineken está se reposicionando, a Budweiser está correndo por fora e marcas como a Devassa se mantém com campanhas polêmicas, será que a Duff irá encontrar seu lugar ao sol? Potencial pra isso ela tem, com certeza.

Além de cerveja, a Duff também comercializa energéticos. Veja no site onde encontrar a belezinha. O último a sair do bar apaga a luz.

(p.s: falando em campanha polêmica da Devassa, o que diabos eles querem fazer com o Silvio Santos numa campanha? Provar que até o homem do baú tem um lado devasso? Avá! ¬¬)

Nossa nada mole vida

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Nenhuma descrição é suficiente, apenas vejam (e sofram) junto com o seu dupla.







Das coisas que não entendo: buquê de flores

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Tá, tem muita coisa estranha por esse mundo afora e eu não entendo a maioria delas, mas essa é especial. Calma, segurem as pedras por enquanto e vamos lá para o meu ponto de vista torto da história.
Você, mulher linda e bem resolvida, romântica e prestes e se casar com o homem da sua vida leu esse título e pensou “WHATAHELL?!?” (e você que tá encalhada também, que eu sei). Sim, não entendo o significado do buquê/bouquet de flores. Tanto não entendo que não sei nem qual das duas formas de escrita está correta (pela googlada que eu dei parece que ambas estão corretas, mas vai que…).  Quer dizer, entendo sim, rosas são românticas, simbolizam a paixão e blábláblá Whiskas Sachê, aí o cara querendo agradar leva um caminhão de flores e deixa a garota morrer soterrada debaixo de tanto mato. Sim, porque juntou um bando de planta pra mim virou mato. Tá, eu não sou romântica e talvez nunca tenha encontrado alguém que me faça acreditar nisso, mas qual o intuito de encher a pobre da garota com um chumaço de mato com um cheiro estranho embrulhado naquele papel barulhento? Tá querendo dizer o quê? Que ela precisa beber água senão vai murchar? “Não! Ele quer dizer que a minha beleza não se compara à de todas as flores do mundo! S2″. Avá! E você acredita mesmo nisso? Tsc, tsc, tsc.

Sabe no que eu vejo sentido? Em uma flor. Uma rosa, uma orquídia, um girassol. Uma flor, aquela escolhida com todo cuidado, assim como ele fez com você. A única, the only one, nisso sim eu acredito. Vai lá, Brasil, agora tá liberado, podem tacar as pedras, sou um caso perdido mesmo (rs).

No fim, em fim

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Hoje acordei e me vi em fim. Fim de trajeto, fim de história. Finalmente entendi que essa jornada cega só tem algum sentido quando guiada pelo coração. Vi que sou capaz de aprender até mesmo com quem recusa-se a ensinar. Percebi que cada cicatriz é, na verdade, uma linha a mais no meu livro da vida. Não ando mais vertendo lágrimas, mas se tiver que chorar, será sem vergonha do que sinto. E que todas as dificuldades sejam encaradas como um amigo contando uma história. Enchi minha mochila só com os melhores sentimentos e parti. Me vi em fim e finalmente pude fazer o que mais gosto: recomeçar.