terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

(RE) início

1 ficaram (des) consertados


Toda mudança causa receio. Eu mudei de escola umas 10 vezes em toda minha vida acadêmica, mas ainda me lembro da primeira. A sensação de se entrar em um lugar e todos os olhares voltarem-se pra você pode até parecer atraente para alguns, mas não é nem um pouco legal quando se tem 6 anos. Enfim, os anos passaram, alguns olhares continuam me perseguindo, mas a necessidade de mudança permanece. Eu queria voltar a escrever, queria muito mesmo, mas como sempre senti medo. De quê? Sei lá, de parecer fútil, de não ter assunto, de descobrir que acabei me perdendo em minha própria essência, medo do nada, vai entender. Várias vezes parei, peguei uma folha, uma caneta e do nada, começava a escrever. Daí vinha um monte de coisa, tantas que eu sequer conseguia separá-las e informação demais cansa. Percebi que tinha muitos sentimentos presos e que não poderia libertá-los assim, de uma vez só, então resolvi começar do início.


Início. Percebi que Newton estava certo. "Um corpo tende a permanecer em repouso se nenhuma força agir sobre ele." (ou algo do tipo, sempre fui péssima em física... rs). A tendência a estagnação é inerente ao ser humano. Se pararmos pra pensar é cômodo e muuuuiito confortável agirmos e pensarmos da mesma forma sempre. Muito cômodo, porém cansativo e tédio mental é uma coisa da qual não me permito! Hoje eu decidi voltar, não somente a minha vida dupla de pessoa "normal" de dia e projeto de escritora nas horas vagas. Decidi voltar ao que me faz bem. Isso inclui atender 50 clientes perturbados querendo sua conexão funcionando? Bem, se isso está me ajudando tanto quanto acho que está, inclui sim. O retorno não está preso ao vasto universo literário, afinal sou bem mais do que algumas linhas. É o retorno das minhas origens, aos meus sentimentos mais escusos, aos desejos reprimidos, aos sonhos abafados. Retorno à vida de universitária, ao desejo de matar aula, de mudar o mundo (eu ainda quero mudar o mundo!) e de, sei lá, do nada, tentar fazer a diferença. Retorno ao meu verdadeiro espírito e finalmente retirar esse sorriso amarelo dos lábios e trocá-lo por aquele largo e despretensioso. Se eu vou conseguir? Sei lá, quem há de saber, mas a jornada é longa demais pra nos preocuparmos com o destino, apenas curta o caminho!



Err, do que que eu tava falando mesmo? Ah sim, a mudança! A mudança que faz você ter um novo início passando por um meio sem se preocupar com um fim. Isso fez sentido pra alguém? Nem pra mim! Whatever, eu estou de volta!