Cheguei com a pressa
de quem confessa
nunca se planejar.
Entrei pela janela
porta aberta
coração acelerado.
Olhei,
vi escuro
tomei um susto;
era absurdo!
Com a palavra guardada
eu esperava, esperava
e nada!
Poderia ser por ele,
poderia ser pelo outro,
mas foi por você.
Meu abraço ainda está guardado
no peito abafado, doido pra te ter.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Poema para um verso
Eu tenho um verso
preso aqui dentro que teima
em não querer pular
para o papel.
Ele andava quietinho
mas eu o vim perturbar
em meio ao doce silêncio
que teima em bradar nos meus ouvidos.
Mas os versos são sensíveis
não gostam de ser importunados;
são geniosos e só nos visitam
na hora que bem entendem.
Alguns são faceiros e alegres
outros, briguentos e carrancudos
mas este que está preso
não é uma coisa nem outra.
Ele é tímido, e como tal
adora se esconder, me faz
trocar o ´´R`` pelo ´´L``
numa enorme confusão lingüística.
Este verso é malandro
ele quer fazer-se esquecer
pra depois numa manhã de domingo
ele sair assim, inteiro, de uma vez.
Viu?
preso aqui dentro que teima
em não querer pular
para o papel.
Ele andava quietinho
mas eu o vim perturbar
em meio ao doce silêncio
que teima em bradar nos meus ouvidos.
Mas os versos são sensíveis
não gostam de ser importunados;
são geniosos e só nos visitam
na hora que bem entendem.
Alguns são faceiros e alegres
outros, briguentos e carrancudos
mas este que está preso
não é uma coisa nem outra.
Ele é tímido, e como tal
adora se esconder, me faz
trocar o ´´R`` pelo ´´L``
numa enorme confusão lingüística.
Este verso é malandro
ele quer fazer-se esquecer
pra depois numa manhã de domingo
ele sair assim, inteiro, de uma vez.
Viu?
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Sem nome
Às vezes você só precisa de uma coisa, mas não sabe o que é. Você nunca teve, nunca viu pra vender, mas você sente que precisa disso, e aí você vai procurar. Você olha em cada canto, embaixo de cada pedra, no topo das montanhas e até em alguns mares, mas não encontra nada. Você busca incessantemente, mas não sabe o que, só sente que quando encontrar irá reconhecer. Você procura por algo que não tem nome nem rosto e pode tomar várias formas. Você atravessa vales e florestas, desertos e rochedos, bosques e colinas até encontrar. Você luta contra monstros ferozes, gigantes e feiticeiros sabendo que um dia esse esforço será recompensado. Já com o corpo rasgado por espinhos você senta e se distrai na sua busca e, quando você menos espera, onde nem imaginava procurar, ele aparece e sorri pra você o sorriso mais doce e sincero que você já viu. Você reconhece, sabe que era aquilo que tanto procurava e sente-se incrivelmente feliz. Um só abraço é capaz de recompensar todos os monstros que você enfrentou. A coisa continua sem nome (apesar de agora ter um rosto), mas você nem liga, afinal mais importante do que saber é sentir, e sentimentos imensuráveis.
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